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Webinar – Sessão de esclarecimentos sobre o Aviso “Inclusão pela Cultura” do Programa Regional Algarve 2030
Webinar – Sessão de esclarecimentos sobre o Aviso “Inclusão pela Cultura” do Programa Regional Algarve 2030
12/04/2024
No seguimento da publicação do Aviso ALGARVE-2024-10 “Inclusão pela Cultura” financiado pelo Programa ALGARVE 2030, cujo prazo de candidaturas termina a 31 de maio, irá realizar-se uma sessão de esclarecimentos online junto dos potenciais beneficiários.

Podem candidatar-se ao Aviso as entidades públicas e entidades privadas sem fins lucrativos que tenham no seu objeto social, ou prática reconhecida, projetos e práticas de expressão artística e cultural associadas a intervenções junto de grupos particularmente vulneráveis.

As operações a financiar visam promover a inclusão social de grupos particularmente vulneráveis, através de iniciativas e atividades de expressão artística e cultural por e para grupos desfavorecidos.

A sessão de esclarecimentos decorrerá dia 17 de abril de 2024, no horário 10h30-12h30, no formato online.

Participe no Webinar aqui

Consulte o Aviso em Avisos | Algarve (portugal2030.pt)
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Rede de Museus do Algarve comemora 50 anos do 25 de Abril com “Projeto Liberdade”
Rede de Museus do Algarve comemora 50 anos do 25 de Abril com “Projeto Liberdade”
11/04/2024
A Rede de Museus do Algarve (RMA) comemora os 50 anos do 25 de Abril com a apresentação do PROJETO LIBERDADE, nascido da vontade conjunta dos seus membros de se articularem e trabalharem um tema em comum, associando-se a este relevante momento histórico através de diversos projetos, formas de expressão e atividades evocativas da data.

A Rede de Museus do Algarve é uma rede colaborativa entre vários museus da região, que visa promover a cooperação, a partilha de conhecimento e a preservação do património cultural e histórico do Algarve, promovendo uma valorização real da oferta cultural do Algarve, criada à luz dos princípios preconizados na Lei Quadro dos Museus Portugueses (Lei n.º 47/2004 de 19 de Agosto), na qual é definido o conceito da Rede Portuguesa de Museus (RPM), apresentando-o como um sistema organizado, baseado na adesão voluntária, configurado de forma progressiva e que visa a descentralização, a mediação, a qualificação e a cooperação entre museus.

A RMA tem o seu encontro fundacional em 16 de outubro de 2007, tendo por base quatro Museus Municipais, nomeadamente, Portimão, Tavira, Faro e Albufeira, sendo atualmente coordenada por um grupo de trabalho do qual fazem parte Catarina Oliveira (CIIP Cacela / Município de Vila Real de Santo António), Hugo Oliveira (Museu Municipal de Olhão), Idalina Nobre (Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira), José Gameiro (Museu de Portimão) e Maria José Gonçalves (Museu Municipal de Arqueologia de Silves).

Com iniciativas em doze municípios da região, a RMA celebra os 50 anos do 25 de Abril com um conjunto variado de apresentações, conferências, concertos, espetáculos, exposições e tertúlias, maioritariamente realizadas durantes este mês, mas algumas com programas que se prolongam ao longo do ano, permitindo alcançar públicos diferenciados, conforme está elencado no programa que anexamos.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve associa-se a este conjunto de eventos que vai de encontro aos princípios da Convenção de Faro, também conhecida como a Convenção Quadro do Conselho da Europa sobre o Valor do Património Cultural para a Sociedade. Adotada em 2005, a Convenção de Faro valoriza a importância do património cultural como um recurso para o desenvolvimento sustentável, a coesão social e a identidade cultural e promove a participação ativa das comunidades locais na gestão e salvaguarda do património e da memória coletiva.
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Projeto de Aviso - Programa de Apoio a iniciativas culturais regionais de carácter não profissional
Projeto de Aviso - Programa de Apoio a iniciativas culturais regionais de carácter não profissional
09/04/2024
Nos termos do n.º 3 do artigo 9º do anexo à Portaria n.º 403/2023, de 5 de dezembro, que aprova os Estatutos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, I. P. (CCDR Algarve, I.P.), conjugada com a deliberação de 5 de janeiro de 2024 do Conselho Diretivo da CCDR Algarve, I.P., que aprova a nova estrutura orgânica, compete à Unidade de Cultura desta CCDR apoiar iniciativas culturais locais ou regionais, de caráter não profissional, contribuindo para a crescente correção das assimetrias no acesso à criação e fruição cultural das populações.

Considerando a urgência, para todo o tecido cultural da região, no lançamento do programa de apoio em assunto, remete-se o projeto de Aviso do Programa de Apoio a iniciativas culturais regionais de carácter não profissional, para apreciação dos agentes culturais disponível no link.

Solicitamos o envio de contributos até ao dia 23 de abril (terça-feira), através do endereço de correio eletrónico: cultura@ccdr-alg.pt.
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Apresentação do Livro “O Pomar de Sequeiro” no contexto do Plano de Ação de Promoção da Dieta Mediterrânica
Apresentação do Livro “O Pomar de Sequeiro” no contexto do Plano de Ação de Promoção da Dieta Mediterrânica
19/03/2024
Intervenção do Presidente da CCDR Algarve, I.P., José Apolinário

A apresentação do livro “Pomar de Sequeiro“, inserido na missão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do planeamento e promoção do desenvolvimento regional é uma excelente oportunidade para salientar cinco ideias chave para o desenvolvimento regional e para a região algarvia no horizonte 2030. 

1.      A primeira é a importância chave da água. De acordo com o Relatório Europeu Copernicus no ano de 2022 foram batidos todos os records no aumento da temperatura a nível global e europeu: o Sul da Europa, o Sul do Sul, “escalda” cada vez mais de ano para ano. 

A água é essencial à vida: à vida humana e à atividade económica e das empresas. A disponibilidade de água é fundamental para o crescimento económico do Algarve, para o crescimento sustentável do Algarve. A região do Algarve que contribuiu em 2022 com 4,8 % para o Produto Interno Bruto nacional a preços correntes e deverá representar hoje mais de 5 % do PIB nacional, com a sua especialização no turismo e atividades económicas conexas, está mais do que nunca dependente das disponibilidades de água.

2.      A segunda ideia força é sobre a importância da agricultura para o desenvolvimento regional e para a diversificação da base económica da região.

Nas contas regionais de 2022 a produção agrícola representou 535 milhões de euros, com 4.757 empresas, e 10.827 empregos permanentes. Em 10 anos duplicou o Valor Acrescentado Bruto do setor primário, onde a agricultura e os serviços à agricultura são dominantes.

O Barrocal do Algarve representa aproximadamente 25 por cento do território da região algarvia, aqui se situando muitos dos pomares de sequeiro. São solos com boa aptidão hidrológica e agrícola, ainda que com inúmeros afloramentos rochosos. A baixa produtividade, a baixa cotação de mercado dos seus produtos, os elevados custos associados à desprega, as limitações e condicionalismos no acesso a águas subterrâneas, levaram à progressiva diminuição económica do pomar de sequeiro.

3.      Valorização dos produtos do sequeiro com mais inovação e acréscimo de valor nos produtos, com novos produtos a partir de amêndoa e alfarroba, do azeite ou do figo, valorização do modo de produção mais tradicional, produção biológica ou integrada.

4.      Importância da articulação e coordenação de políticas publicas, das políticas de desenvolvimento regional e rural, na implementação da estratégia de desenvolvimento regional.

O Programa Regional ALGARVE 2030 responde com duas iniciativas de financiamento estratégicos: a Iniciativa Integrada Território e Paisagem, constituída pela CCDR Algarve e CCDR Alentejo, em estreita articulação com os Municípios e Freguesias, e o Programa de Acompanhamento para o Desenvolvimento de Recursos Endógeno (PADRE).

5.      Dieta Mediterrânica. Dez anos após o seu reconhecimento como património imaterial da humanidade, a CCDR Algarve que sempre esteve na valorização da Dieta Mediterrânica como projeto regional, tendo o Município de Tavira como comunidade representativa, em articulação e em rede com as áreas da agricultura e de desenvolvimento rural, da cultura, da saúde, do turismo, com o Turismo do Algarve, as Escolas de Hotelaria e Turismo, as associações de desenvolvimento local, a Universidade do Algarve, a Escola de Gestão e Hotelaria do Turismo.

O Pomar Tradicional foi a paisagem dominante do Algarve, diversificada e bem enquadrada no espaço e que identificava quer as suas gentes, tradições, culturas, gastronomia e a doçaria de um povo com um estilo de vida mediterrâneo, relevante do ponto de vista cultural, social, económico e ecológico.

O livro “Pomar de Sequeiro” surge após uma outra publicação sobre a “História dos Alimentos “, também em articulação com a Universidade do Algarve, do relatório de balanço de implementação do primeiro plano de ação da Dieta Mediterrânica, a cargo da associação de desenvolvimento local In loco, e do plano de ação da dieta mediterrânica 2023-2027, com a Universidade do Algarve.

Em suma, planeamento, trabalho em rede, pensamento e ação regional e local, desenvolvimento rural como parte integrante do desenvolvimento regional.
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Homenagem a Nuno Júdice
Homenagem a Nuno Júdice
18/03/2024
A Presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, I.P. apresenta publicamente à Família e Amigos os mais sentidos pêsames na morte de Nuno Júdice, poeta, professor universitário, ensaísta, figura da cultura portuguesa, natural de Mexilhoeira Grande, Portimão.

Nuno Júdice nasceu em 29 de abril 1949 na Mexilhoeira Grande (Portimão) e faleceu ontem em Lisboa. Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, obteve o grau de Doutor pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma dissertação sobre Literatura Medieval, na qual foi professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, até à sua aposentação, como professor associado, em 2015.

Considerado um autor decisivo numa época de transição da poesia portuguesa, entre as tendências experimentais da década de 1960 e o tom mais quotidiano dos anos 80 e seguintes, a sua estreia literária deu-se com A Noção de Poema (1972). A sua obra inclui antologias, edições de crítica literária, estudos sobre Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa. Lançou, em 1993, a antologia sobre literatura portuguesa do século XX, Voyage dans un siècle de Littérature Portugaise. Assinou ainda obras para teatro e traduziu autores como Corneille e Emily Dickinson. Tem obras traduzidas em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra, França, México, Irão, China, Albânia, Suécia, Dinamarca, Grécia, Marrocos, Líbano, Colômbia, Canadá e República Checa.

Foi diretor da revista literária Tabacaria (1996-2009), editada pela Casa Fernando Pessoa, e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49ª Feira do Livro de Frankfurt. Foi também Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004) e diretor do Instituto Camões em Paris. Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa '94 - Capital Europeia da Cultura. Foi diretor da Revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.

Sendo um dos poetas portugueses mais traduzidos internacionalmente, recebeu, entre muitos outros, o Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia, em 2013. Integrando a antologia de poetas algarvios “Algarve – 12 poetas a sul do século XXI” (2012), o volume “50 Anos de Poesia (1972-2022)” é uma súmula do seu percurso de meio século, que reúne mais de setenta títulos, entre poesia, ficção e teatro.

Reconhecido pelos seus pares e pela crítica em inúmeras ocasiões, recebeu ainda o Prémio Pen Clube em 1985 e o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus em 1990. Em 1994, a Associação Portuguesa de Escritores distinguiu-o pela publicação de Meditação sobre Ruínas, e foi finalista do Prémio Europeu de Literatura Aristeion. A 10 de junho de 1992, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e, a 7 de junho de 2013, Grande-Oficial da mesma ordem.

Cantado por José Mário Branco, Carlos do Carmo, Carminho ou António Zambujo, o poeta algarvio foi justamente considerado um dos mais importantes da sua geração e, numa entrevista à RTP, começa por dizer que o poema é “a expressão de uma intensidade”. Da infância no Algarve, da qual guardava memórias vivas, confessa “que é lá, na terra onde nasceu, que se sente rejuvenescer”.

Crédito Fotográfico: RTP
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